É muito comum as pessoas se perguntarem o que é a psoríase – essa doença que acomete cerca de 2% da população mundial, de acordo com O SUS.
Antes de qualquer coisa, é preciso destacar que a psoríase não é contagiosa, como muitos acreditam. A psoríase é considerada uma doença autoimune de caráter cíclico, ou seja, seus sintomas tendem a aparecer e desaparecer em períodos definidos. Essa doença afeta desde a pele até as unhas e dependendo do quadro do paciente, pode incluir as articulações.
De acordo com o Ministério da saúde, a psoríase acomete homens e mulheres, independente da idade. Ela pode acorrer de forma localizada e discreta, como também de formas mais sérias, podendo até mesmo atingir todo o corpo.
Além disso, os locais que costumam ser mais atingidos por essa patologia, são:
couro cabeludo;
cotovelos;
joelhos;
palmas das mãos;
plantas dos pés;
unhas e;
tronco.
Também é muito importante conhecer os tipos de psoríase para compreender a maneira como essa doença se manifesta no organismo. Assim como os tratamentos que controlam o problema, já que a psoríase não tem cura.
Acompanhe o artigo e tire todas as suas dúvidas sobre essa doença autoimune!
Psoríase: como se manifesta no organismo?
A psoríase está entre as doenças autoimunes na pele. Sua manifestação está relacionada ao enfraquecimento do sistema imunológico. Além disso, as alterações ambientais e a susceptibilidade genética contribuem para o surgimento do problema, embora suas causas ainda sejam desconhecidas.
A resposta imunológica dessa doença autoimune acontece com a dilatação dos vasos sanguíneos da pele, quando os linfócitos T, as células de defesa do organismo, passam a liberar substâncias inflamatórias. Dessa forma, uma quantidade anormal de células cutâneas se proliferam e as chamadas placas de psoríase se formam.
Tenha em mente que os sintomas da psoríase podem variar de pessoa para pessoa. Contudo, geralmente esses sinais costumam se apresentar como:
manchas vermelhas escamosas e secas, sejam elas esbranquiçadas ou prateadas;
pequenas manchas brancas ou escuras;
pele ressecada e rachada, que pode às vezes sangrar;
coceira, queimação e dor;
inchaço e rigidez nas articulações.
Os sintomas também podem variar de acordo com os tipos da doença. É importante destacar que existem vários tipos de psoríase, assim como diversas periodicidades dos ciclos, que tendem a durar de semanas até meses.
A seguir, conheça os tipos de psoríase mais comuns.
Psoríase vulgar
Também chamada de psoríase em placas, essa é a manifestação mais comum dessa doença autoimune. O que acontece é a formação de placas secas vermelhas, seguidas de escamas de coloração esbranquiçada ou prateada.
Esse é um sintoma que causa muita coceira e desconforto. Pode atingir o corpo todo, até mesmo a região genital e a pele que circula as articulações.
Psoríase do couro cabeludo
As escamas surgem em áreas avermelhadas do couro cabeludo, que se intensificam após a coceira. É muitas vezes confundida com a caspa, porque a psoríase do couro cabeludo solta os vestígios da pele morta após coçar a cabeça.
Psoríase pustulosa
Nesse caso, a manifestação se dá por meio de manchas na pele ou pústulas (espécie de bolha com pus que aparece rapidamente após a vermelhidão da pele). Pode acometer o corpo todo ou áreas menores, como os dedos dos pés ou das mãos.
Psoríase invertida
A psoríase invertida tende a atingir áreas úmidas por meio de manchas avermelhadas e inflamadas. Assim, pode acometer desde a região próxima aos genitais, como virilhas, axilas e embaixo dos seios. Além disso, quando a pessoa é obesa ou sofre de sudorese excessiva, a psoríase invertida ainda pode se agravar consideravelmente.
Psoríase ungueal
A psoríase ungueal é aquela que afeta as unhas, tanto dos pés quanto das mãos. O que acontece é que a unha cresce de maneira anormal, já que resulta em uma consistência grossa, deformada, escamada e de cor diferente. Em casos mais graves, pode até descolar do leito ungueal.
Psoríase eritrodérmica
Considerado o tipo mais raro de psoríase, acomete todo o corpo com manchas avermelhadas que coçam e ardem com intensidade. Geralmente, a psoríase eritrodérmica se manifesta após algum tipo de psoríase não controlada, assim como em casos de queimaduras graves ou mesmo infecções.
Psoríase artropática
Também chamada de artrite psoriática, esse tipo de psoríase é uma manifestação de espondiloartrite, ou seja, conjunto de doenças inflamatórias das articulações do organismo. Pode acometer pessoas que já manifestaram um quadro de psoríase de pele ou nas unhas.
A psoríase artropática causa intensas dores nas articulações. Afeta desde as mãos e pés até quadris e coluna. Pode também levar à rigidez progressiva que evolui para deformidades permanentes.
Agora que sabemos os tipos de psoríase, vamos conhecer a melhor maneira de tratá-las e amenizar suas manifestações.
Tratamento para psoríase
Por ser uma doença de evolução crônica, não existe uma forma de prevenção, tampouco de cura. O tratamento da psoríase é focado em controlar os sintomas, assim como reduzir a gravidade das lesões.
Como existem vários tipos de psoríase, também existem diversas maneiras de tratá-la. De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), cada tipo de psoríase, assim como seu grau de seriedade, tem um tratamento específico que melhor corresponderá ao caso.
Além disso, cada pessoa lida melhor com determinado tipo de tratamento, assim como a combinação específica deles. Por isso, dizemos que o tratamento para a psoríase é individualizado e deve ser recomendado por um especialista de confiança.
Felizmente, os tratamentos para psoríase possibilitam que seus pacientes levem uma vida com qualidade e convivam com a doença independente de sua gravidade. Portanto, dentre os tipos de tratamento para psoríase, podemos citar:
Tratamento tópico
O tratamento tópico para psoríase é destinado a tratar do problema por meio de cremes e pomadas. É aconselhado o uso contínuo dos produtos junto à outro tratamento simultâneo, que deve ser indicado pelo especialista.
Fototerapia
A fototerapia também está indicada para o tratamento da psoríase e consiste na exposição da pele à luz ultravioleta para amenizar o quadro do problema. A fototerapia só deve ser feita em centros terapêuticos especializados, junto com os profissionais devidamente capacitados.
Tratamento sistêmico
O tratamento sistêmico é baseado na administração de injeções e comprimidos via oral. Esse tratamento é orientado para casos de maior gravidade e também para artrite psoriásica.
Os medicamentos de uso oral atuam na interrupção do processo inflamatório, que agride a pele causando vermelhidão, coceira e descamação.
Medicamentos biológicos
Os medicamentos biológicos são injetáveis e estão indicados para casos de maior gravidade da psoríase. Seu mecanismo de atuação é por meio do cultivo laboratorial de células vivas que atingem as moléculas inflamatórias, originárias da lesão cutânea da psoríase.
Dentre as inúmeras classes de medicamentos biológicos aprovados no Brasil, o destaque é para o ixequizumabe. A vantagem é que esse medicamento age diretamente na doença sem interferir nos processos de defesa do organismo, ou seja, evitando possíveis quedas na imunidade.
O ixequizumabe faz parte da classe de medicamentos chamada imunobiológicos, que representam um grande avanço quando falamos sobre os cuidados com doenças autoimunes.
Os imunobiológicos foram pensados para atuar diretamente nos lugares específicos das vias imunológicas e inflamatórias de inúmeras doenças, principalmente nas que dizem respeito à autoimunidade. Ou seja, eles conseguem eliminar ou impedir o desenvolvimento de células anormais no organismo, garantindo qualidade de vida aos portadores da doença.
Não se esqueça que, para tratar da psoríase de maneira eficaz, é fundamental procurar um centro especializado para tratar doenças autoimunes.
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