A Urticária Crônica Espontânea (UCE) é uma doença cutânea, caracterizada pelo surgimento de lesões avermelhadas na pele, que podem mudar de local e provocar coceira intensa em diversas partes do corpo.
Essa doença podem vir ou não acompanhadas de angioedemas, inchaços que aparecem em zonas finas da pele pelo corpo.
É muito importante buscar ajuda médica se algum dos sintomas surgirem, pois, na maioria das vezes, a urticária crônica espontânea pode ser confundida com reações alérgicas de menor gravidade e, por isso, merecem o dobro de atenção. Essas condições são bastante diferentes, portanto devem ser bem avaliadas com tratamentos distintos.
Leia o artigo e entenda mais sobre a doença:
Urticária Crônica Espontânea: como identificá-la?
A UCE é caracterizada como uma doença de ocorrência diária ou quase diária, estabelecida por um período maior do que seis semanas. Seus principais sintomas são: urtica e angioedema, na maioria das vezes, sendo possível que o paciente apresente apenas um ou outro sintoma, ou ambos simultaneamente.
Veja o que consiste cada uma dessas manifestações:
Urticas
Urticas são lesões em alto-relevo na pele que, na maioria das vezes, surgem rodeadas por uma borda vermelha. Essas lesões provocam uma coceira intensa, levando o paciente a um incômodo profundo, já que passa a fazer suas atividades diárias com bastante esforço.
Uma característica muito marcante da urtica é que consiste em uma lesão que permanece no mesmo local por, no máximo, 24 horas. Além disso, após esse período, a lesão reaparece em outras áreas do corpo.
Angioedema
Angioedema é um inchaço que se manifesta nas camadas mais profundas da pele, provocando dor e incômodo profundo. Embora possa surgir em qualquer parte do corpo, geralmente, aparece no rosto e também o deforma com mais intensidade.
Na maioria das vezes, o angioedema surge de repente e desaparece em até 72 horas, podendo reaparecer em outras partes do corpo.
É fundamental compreender que essa doença não é causada por cosméticos, alimentos, produtos de limpeza ou outros fatores externos. A UCE é um tipo de doença autoimune na pele (ou seja, quando a doença ataca o próprio organismo) e não deve ser confundida com urticária, pois são apresentações distintas do problema.
Qual a diferença entre urticária e a UCE?
A urticária é uma irritação causada por lesões avermelhadas e com certo inchaço, que surgem em decorrência de fatores externos, como alimentos, medicamentos, produtos de limpeza e cosméticos.
Já na UCE, as lesões são desencadeadas por reações do próprio organismo e não por agentes externos e, por isso, surgem espontaneamente.
Embora as lesões possuam muito em comum, a grande diferença diz respeito ao tempo em que as crises se instalam e a forma como se manifestam, contudo, as diferenças entre elas são muito sutis, por isso, é fundamental redobrar a atenção.
É bastante comum que as pessoas fiquem confusas sobre a causa das lesões na pele, muita das vezes associando o problema à fatores causadores de reações alérgicas. É importante ter em mente que em um quadro de UCE, além da urtica, o inchaço causado pelo angioedema também aparecem sem dar aviso.
Dessa forma, voltamos a frisar a importância de que se houver o começo ou persistência de qualquer um dos sintomas citados, o paciente deve procurar ajuda médica para confirmar o diagnóstico correto.
Como diagnosticar a urticária crônica espontânea?
O diagnóstico da UCE é predominantemente clínico. Ou seja, após identificar a presença da urticária, será feita uma avaliação para verificar se a urticária é crônica (quando os sintomas duram por mais de seis semanas) ou se a é urticária aguda (quando os sintomas desaparecem em até seis semanas).
A partir disso, o tratamento será indicado. Caso o diagnóstico apresente a Urticária Crônica Espontânea, o problema precisará ser controlado para que não prejudique a qualidade de vida do paciente. Logo, a doença deverá ser monitorada por questionários responsáveis por medir a gravidade dos sintomas.
Além disso, o médico também pode solicitar alguns exames adicionais a fim de descartar diagnósticos diferenciais por causa de outras doenças como infecções e infestações intestinais, já que elas podem ser quem estão causando a urticária.
É muito importante persistir no diagnóstico correto, pois muitas vezes, a confirmação da doença leva até cinco anos para ser efetivada.
Tratamento da urticária
Após a comprovação do diagnóstico, o tratamento para UCE terá como intuito controlar os sintomas, permitindo que o paciente possa conviver com o problema sem que suas atividades rotineiras sejam prejudicadas.
Embora, em alguns casos, a UCE seja uma doença que possa desaparecer sozinha, isso pode demorar anos até acontecer. Por isso, para auxiliar o bem-estar do paciente, é fundamental que haja um tratamento específico para o problema.
Segundo as recomendações médicas, o ideal é recorrer a anti-histamínico ou até mesmo outras medicações, caso haja a necessidade. Um exemplo são os medicamentos imunobiológicos, que apresentam resultados otimistas para o problema, já que atuam diretamente no anticorpo desencadeador da doença.
Esses medicamentos evitarão que haja a liberação de histamina no organismo e, consequentemente, impedindo a aparição dos sintomas cutâneos. Os imunobiológicos acabam por modificar a resposta imune do organismo, podendo ser indicado tanto para adultos como para crianças (acima dos 12 anos).
Com o tratamento correto, os pacientes são capazes de obter o controle dos sintomas causados pela UCE, podendo viver com a mesma qualidade de vida de uma pessoa sem a doença.
O Ministério da Saúde alerta sobre algumas recomendações e dicas para se viver bem com a doença, confira:
fique atento, se você sabe o que desencadeia as crises, não faça;
não coce a pele, principalmente nas áreas lesionadas;
compressas de água fria podem aliviar a coceira;
não se automedique;
mantenha a calma! O estresse não causa a urticária, contudo, pode ajudar a piorar.
Lembre-se que essas são apenas dicas educativas, pois apenas médicos devidamente habilitados podem diagnosticar doenças, como também indicar tratamentos e receitar remédios!
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Vi que no artigo diz que o estresse não causa urticária, mas no ano de 2011 servi o exército e acabei tendo crises de urticária que me levaram a um alergologista , que depois de meses de testes e acompanhamento concluiu que eu tinha urticária crônica e que no meu caso a urticária começou devido ao alto nível de estresse causado pelo início do serviço militar obrigatório. Tenho urticária até hoje 2024, trato com o mesmo medicamento, e interfere muito na minha qualidade de vida pois esse medicamento causa muita sonolência.