Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença autoimune de caráter inflamatório, que afeta diversos tecidos e órgãos, desde o cérebro, até os rins, articulações e a pele. É muito importante que, após o diagnóstico, o paciente procure um tratamento adequado e efetivo, para viver com maior qualidade de vida.
Por isso, o ideal é diagnosticá-la o quanto antes, pois assim, as chances de sucesso do tratamento e interrupção da progressão da doença se tornam mais efetivas.
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Dessa forma, torna-se fundamental conhecer mais sobre o assunto, identificando os principais sintomas, os tipos de lúpus e a melhor forma de tratar a doença. Assim, você mantém-se informado e auxilia outras pessoas nesse processo.
Lúpus: como se manifesta?
Embora ainda não esteja totalmente evidente o que causa o lúpus, sabe-se que consiste em uma doença autoimune, pois o sistema imunológico destrói os tecidos saudáveis do organismo, em uma forma de contra-ataque.
Segundo o Ministério da Saúde, embora acometa pessoas de qualquer idade, raça ou sexo, a lúpus atinge um maior número de mulheres e de faixa etária entre 15 e 40 anos de idade.
Além disso, as pesquisas comprovam que a doença é mais incidente em pessoas asiáticas, hispânicas e afro-americanas, sendo também mais frequente em mulheres negras, quando comparado à incidência em mulheres brancas.
De qualquer forma, outros fatores também podem estar envolvidos em sua manifestação, como, por exemplo:
uso de determinados medicamentos;
quadro de infecções;
exposição à luz do sol;
desequilíbrios hormonais;
genética.
É importante considerar que o lúpus se manifesta de quatro maneiras distintas, onde cada qual se apresenta de forma específica. Conheça os tipos de lúpus:
Lúpus Discoide
É identificado com o surgimento de lesões avermelhadas na pele, principalmente na nuca, no rosto e no couro cabeludo. O tamanho e coloração das lesões são bastante específicos.
Lúpus Sistêmico
Considerado o tipo mais comum da doença, o lúpus sistêmico acomete todo o organismo, desde articulações até coração, pele, rins, pulmões e sistema sanguíneo. Pode ser de caráter leve ou grave e, geralmente, o lúpus discóide pode progredir para o lúpus sistêmico.
Lúpus neonatal
De caráter raro, o lúpus neonatal atinge bebês recém-nascidos de mães que possuem lúpus. Dessa maneira, a criança pode manifestar erupções na pele, número baixo de células sanguíneas e problemas no fígado.
Além disso, esses bebês apresentam chances aumentadas de desenvolver disfunções cardíacas. No entanto, os sintomas tendem a desaparecer após alguns meses e, quando identificado precocemente, o tratamento pode ser feito até mesmo antes do nascimento.
Lúpus induzido por drogas
O uso de algumas drogas ou medicamentos podem desencadear processos inflamatórios parecidos com lúpus sistêmico, mas geralmente, o quadro se interrompe após o término do uso das substâncias desencadeadoras do processo.
De acordo com o Ministério da Saúde, dentre as 80 doenças autoimunes mais conhecidas nos dias atuais, Lúpus é considerada uma das mais graves. Por isso, o ideal é que já na identificação dos primeiros sintomas, haja urgência para o atendimento médico.
Sintomas do lúpus: como identificá-lo?
É importante considerar que os sintomas do lúpus podem surgir de repente ou de forma mais lenta e gradual, o que vai depender de cada situação. Além disso, os sintomas podem aparecer de forma grave e depois desaparecer por algum tempo, retornando posteriormente.
São muitos os sintomas do lúpus, que podem aparecer de forma mais genérica ou surgir especificamente na parte do corpo em que a doença afetou. Fique atento aos sintomas gerais da doença:
febre;
fadiga;
dor articular;
rigidez muscular;
inchaço;
fotossensibilidade;
dor de cabeça;
falta de ar;
confusão mental e perda da memória;
linfonodos aumentados;
ansiedade;
mal-estar;
feridas na boca;
queda de cabelo.
No entanto, quando os sintomas parecem estar relacionados a um local específico que foi acometido pela doença, é possível que se manifestem os seguintes sinais:
dor abdominal, vômito e náuseas (trato digestivo);
arritmia cardíaca (coração);
dificuldade para respirar e tosse com sangue (pulmão);
formigamento, convulsões, problemas de visão, dormência, cefaleia, psicose lúpica (cérebro e sistema nervoso);
fenômeno de Raynaud, coloração irregular da pele (pele).
Como os sintomas são diversos, o ideal é manter-se atento à saúde e frequentar um médico regularmente. Além disso, quando notar a presença de qualquer um desses sinais, apresse a busca para investigar mais a fundo e otimizar o tratamento da doença.
Como tratar o lúpus?
Embora Lúpus não tenha cura, a doença pode ser tratada para controlar os sintomas e trazer qualidade de vida ao paciente.
É fundamental entender que para cada caso, o tratamento indicado será individualizado e específico, pois considera o estágio e o tipo de manifestação da doença. No entanto, de forma geral, o tratamento envolve uso de:
anti-inflamatórios;
corticóide tópico para as lesões da pele;
protetor solar;
imunossupressores.
Atualmente, a melhor opção para tratar as doenças autoimunes é por meio do tratamento com imunobiológicos. Os imunobiológicos são considerados como anticorpos ou receptores, sendo direcionados a um alvo específico. Dessa forma, são capazes de promover interações eficazes de regulação no sistema imunológico.
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