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Prevenção do câncer de mama: como fazer o autoexame

O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estimou em 28% o aumento dos casos de câncer de mama no Brasil em 2016. A doença é uma das que mais vitima mulheres com idade entre 40 e 69 anos. O número de óbitos só não é maior porque uma parte da população feminina segue as orientações para a prevenção do câncer de mama e realiza o autoexame regularmente, o que ajuda no diagnóstico da doença.

A partir dos 50 anos, é indicado às mulheres que realizem uma mamografia todo ano. O exame ajuda a detectar lesões que não são sentidas pelo toque e que, geralmente, estão em estágio inicial, o que aumenta as chances de cura do câncer.

Mulheres na faixa entre 45 e 55 anos, período em que, normalmente, ocorre a menopausa, são mais propensas a desenvolver um tumor na mama. As que possuem casos na família (irmã, mãe, avó ou tia com câncer de mama) também fazem parte do grupo de risco da doença. Estas, inclusive, precisam iniciar a rotina de cuidados e exames antes dos 50 anos. A recomendação médica é de que mulheres cujas familiares tenham sido diagnosticadas com câncer na mama realizem a mamografia a partir dos 45 anos e refaçam o exame a cada 12 meses.

Orientações para prevenção do câncer de mama e o autoexame

Independentemente de constarem no grupo de risco, é importante que todas as mulheres prestem atenção às orientações para prevenção do câncer de mama e coloquem em prática as recomendações. Os cuidados devem iniciar ainda na juventude, fase em que a mulher já deve consultar-se com o ginecologista anualmente e realizar o autoexame das mamas uma vez ao mês.

Um benefício do autoexame é o conhecimento detalhado que a mulher adquire sobre o próprio corpo, especificamente sobre as mamas. Isso facilita a identificação de qualquer alteração: pequenos nódulos, existência de secreção nos mamilos, mudança de cor da pele, etc.

O correto é fazer o autoexame das mamas todos os meses, a partir dos 21 anos, sempre no sétimo dia subsequente ao início da menstruação. Mulheres na menopausa também devem dedicar um dia por mês para realizar o toque nas mamas.

A observação das mamas deve ser feita em frente ao espelho (antes do banho), em pé e deitada. O que a mulher deve verificar em frente ao espelho é o tamanho, a posição, a forma da pele, a aréola e o mamilo. Primeiro, com os braços relaxados na lateral do corpo. Depois, com as mãos na cintura, apertando o abdômen, e, por último, com as mãos atrás da cabeça. Antes de concluir, a mulher também deve apertar o mamilo para certificar-se de que não existe secreção.

Em pé, já no banho e ensaboada, a mão deve ser deslizada sobre a mama, com os dedos unidos. O próximo passo é estender os dedos e, com pequenos movimentos circulares, apalpar as mamas de cima para baixo. É a mão direita que apalpa a mama esquerda e vice-versa. A mulher deve prestar atenção à existência de caroços, secreções, saliências ou alguma diferença na consistência da mama. É importante examinar, também, as axilas e o pescoço.

O autoexame das mamas estará completo após ser feito na posição deitada. Uma toalha dobrada deve ser usada como apoio para o ombro do lado que será examinado. O mesmo movimento circular realizado no banho deve ser repetido nesta posição. A pressão sobre a mama deve ser suave. As axilas também devem ser verificadas.

Caso a mulher encontre uma depressão, saliência, rugosidade, alteração na forma do mamilo ou qualquer outra situação que lhe pareça anormal, deve consultar-se com um ginecologista.

O autoexame das mamas não substitui e nem torna dispensável a realização da mamografia. É, apenas, uma forma de a mulher monitorar a própria saúde e poder intervir, caso note algo diferente em seu corpo.

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