Os pólipos referem-se ao crescimento desordenado das células do tecido de um órgão. Normalmente, eles são benignos, ou seja, não representam grandes riscos à saúde, embora muitos possam representar uma lesão precursora de um câncer.
Uma maneira de prevenir o aparecimento dos tumores é a detecção e a remoção dos pólipos antes que eles se tornem malignos. Por isso que estar com os exames em dia, — principalmente em casos de predisposição genética — para desenvolver algum tipo de tumor, é a melhor atitude. Afinal de contas, alguns tipos de pólipos são resultantes de fatores genéticos.
Embora os pólipos sejam benignos — na maioria dos casos — eles também podem resultar em vários tipos de cânceres, incluindo no cólon do intestino e no útero. Além disso, os pólipos que se formam no colo do útero podem causar infertilidade, pois bloqueiam a passagem dos espermatozoides e dificultam a implantação do embrião.
Alguns pólipos podem apresentar a forma de cogumelo (pedicular), enquanto outros irão se parecem com verrugas (séssil). Eles são mais frequentemente encontrados em pessoas com idade acima de 50 anos, mas isso não é uma regra.
Visando informar mais sobre essa doença, no artigo de hoje iremos tratar dos casos de pólipos mais recorrentes no corpo humano.
O que são pólipos intestinais?
Os pólipos intestinais representam uma alteração causada pelo crescimento anormal da mucosa do intestino grosso (cólon e reto). É uma das condições mais comuns que afeta o intestino, ocorrendo em 15 a 20% da população, porém com uma incidência muito maior (até 40%) para pessoas acima de 50 anos.
Esse tipo de pólipo pode crescer na parede intestinal ou retal, projetando-se no interior dessas regiões, em qualquer parte do intestino grossos.
Inicialmente, são pequenos e benignos (adenoma), podendo crescer até sofrerem transformação maligna (adenocarcinoma). Por este motivo é tão importante a remoção dos pólipos para a prevenção do câncer de intestino.
A seguir, conheça os principais pólipos intestinais.
Pólipos Adenomatosos ou Adenomas
A maioria dos pólipos é do tipo adenoma, ou seja, podem se transformar em câncer. Entenda que grande parte deles não apresentam malignidade, mas quase todos os pólipos que se tornam malignos são adenomatosos.
Existem dois tipos de pólipos adenomas: os tubulares, que possuem apenas 5% de chance de se tornarem malignos, e os vilosos, com 40% de chance de apresentar malignidade.
Hiperplásicos
O risco de câncer varia com o tamanho e localização dos pólipos hiperplásicos ou serrilhados. Pequenos pólipos serrilhados no cólon inferior raramente são malignos. Pólipos serrilhados maiores que um centímetro, tipicamente planos e difíceis de detectar, localizados no cólon superior, são pré-cancerosos e, portanto, devem ser removidos cirurgicamente.
Inflamatórios
Pólipos inflamatórios estão associados à colite ulcerativa ou à doença de Crohn. Embora os pólipos, em si, raramente sejam cancerosos, ambas as doenças estão associadas a um maior risco de câncer de intestino.
Hamartomas
Os pólipos hamartomas estão geralmente associados à Síndrome de Peutz–Jeghers e com a polipose juvenil. Este tipo de pólipo não tem risco de malignidade, mas aponta para um risco maior de adenocarcinoma intestinal (um tipo de câncer de intestino).
O que são pólipos uterinos?
O pólipo uterino, também chamado de pólipo endometrial, não é um câncer, mas, em alguns casos, ele pode se transformar em uma lesão maligna (cerca de 3% tendem a se malignizar para câncer de cólo de útero).
A maior chance de malignização ocorre com mulheres acima dos 60 anos, com pólipos maiores que 1,5 cm. Por isso, é muito importante que as características do pólipo sejam avaliadas e acompanhadas a cada seis meses, para verificar se continua do mesmo tamanho.
As mulheres que possuem um maior risco de desenvolver câncer endometrial são aquelas que, além de alteração hormonal, apresentam uma dieta pobre em nutrientes, não adotam um estilo de vida saudável, têm pressão alta ou histórico de pólipos uterinos na família. Normalmente, a ocorrência é mais comum a partir dos 50 anos.
Os pólipos podem ser assintomáticos, percebendo sua presença somente durante o exame diagnóstico. No entanto, pólipos no útero podem ocasionar cólica, devido à contração uterina, na tentativa de eliminá-lo.
O tratamento envolve a eliminação do pólipo durante o exame pélvico em consultório. Em geral, não é preciso administração de anestesia.
O que são pólipos gástricos?
Os pólipos gástricos representam um crescimento anormal de tecidos originados na mucosa do estômago, podendo ter diferentes constituições e formatos.
As causas para o aparecimento de pólipos no estômago estão relacionadas ao envelhecimento, à graves problemas gástricos ou, talvez, devido a algum medicamento que o paciente esteja tomando.
Em geral, os pólipos gástricos são benignos, contudo, em alguns casos extremos, é possível que esses pólipos evoluam para um tumor maligno. Normalmente, os pólipos gástricos são múltiplos e pequenos, mas pólipos de grandes dimensões também pode aparecer.
Qual o tratamento para o pólipo?
Os pólipos benignos não necessitam de grandes tratamentos, entretanto o recomendado é fazer a remoção, visto que o procedimento pode ser bem simples. Já para os que apresentam predisposição à malignidade, devem ter uma atenção redobrada, tanto do paciente quanto do seu médico.
A remoção de todos os pólipos é a melhor forma de tratamento, podendo ser feita de duas formas:
removendo durante o exame, geralmente com o uso de uma pinça ou;
com uma cirurgia minimamente invasiva, própria para casos de pólipos pequenos e que não podem ser removidos durante o exame.
Nos casos dos pólipos sujeitos a malignidade, o ideal é discutir com um médico sobre a gravidade da presença dos pólipos no corpo. Somente este profissional poderá analisar caso a caso e indicar se à necessidade da retirada — via cirurgia ou não — dos pólipos.
Remédios caseiros para pólipos
Não existem respaldos científicos que indiquem a existência de remédios caseiros para pólipos. Há quem diga que alguns tipos de remédios naturais são bons para a solução do problema, contudo, é extremamente necessário que o indivíduo procure um especialista.
Apenas o médico é capaz de examinar e avaliar cada caso, sendo capaz de oferecer o tratamento mais adequado. Como dito anteriormente, a maioria dos pólipos não são perigosos, contudo, existem casos em que eles podem se transformar em câncer, então — por segurança — todo e qualquer pólipo encontrado em exames devem ser acompanhados e retirados.
Também não existe nada que comprove que há formas de prevenir o aparecimento de pólipos, no entanto, assim como qualquer outra doença, algumas mudanças de hábitos podem ajudar a diminuir os riscos, como:
ingerir alimentos saudáveis (frutas e verduras);
não fumar;
evitar a obesidade;
praticar atividades físicas.
Hábitos saudáveis ajudam a prevenir e diminuir os riscos de muitas doenças, por isso que aderir à essas mudanças no dia a dia pode oferecer uma melhor qualidade de vida para as pessoas.
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