É bem provável que você já ouviu a frase “nós somos o que comemos”. Isso diz muito sobre a importância de uma boa alimentação, principalmente para quem sofre de alguma enfermidade. É o caso, por exemplo, da relação entre a nutrição e doença autoimune.
Segundo um estudo realizado pelo Centro Nacional de Informações sobre Biotecnologia (NCBI), nos Estados Unidos, um grupo de pessoas afetadas por doenças inflamatórias no intestino, incluindo a Doença de Crohn e colite ulcerativa, seguiram uma dieta específica, chamada de protocolo autoimune (AIP), que resultou na diminuição dos sintomas.
Esses dados foram muito significativos, pois atestaram qual a importância da alimentação saudável para os portadores de doenças autoimunes.
A seguir, entenda a importância de uma boa alimentação e a relação entre a nutrição e doença autoimune. Acompanhe a leitura!
Qual a relação da nutrição com as doenças autoimunes?
A doença autoimune consiste em uma desordem do sistema imunológico, quando o próprio organismo não diferencia as células saudáveis e passa a atacar a si mesmo. Infelizmente, ainda não há cura para as doenças autoimunes, porém alguns tratamentos ajudam na qualidade de vida e redução dos sintomas.
Porém, muito mais do que o tratamento com imunobiológicos, adotar medidas de fortalecimento da imunidade é algo que faz toda a diferença. Por esse motivo, a nutrição e doença autoimune acabam tendo uma relação simbiótica.
Até porque o estado nutricional do indivíduo faz toda a diferença no equilíbrio do sistema imunológico. Ou seja, ter uma dieta saudável melhora os prognósticos, contribui para a regressão dos sintomas e comorbidades associadas às doenças autoimunes.
Além disso, a alimentação é um fator de risco para ocasionar inflamações no organismo. Por isso, há alimentos que devem ser repensados dentro de uma dieta para os portadores de doenças autoimunes, pois eles podem sim, agravar um quadro inflamatório e de dor.
Desse modo, algumas exclusões fazer sentido, tanto na prevenção das inflamações, quanto na melhoria da doença autoimune. Daí a importância de consultar um nutricionista.
Quais alimentos devem ser excluídos do cardápio quando se tem doença autoimune?
A melhor maneira de adotar uma dieta adequada, seja você um portador de doença autoimune ou uma pessoa que quer prevenir (por conta de fatores de risco ou histórico familiar), é procurar um nutricionista.
Cada organismo é único, por isso, o profissional de nutrição será o responsável por avaliar as características e as necessidades do seu corpo para orientar a melhor dieta.
Abaixo, separamos alguns alimentos que geralmente são excluídos do cardápio quando se tem uma doença autoimune. Porém, reforçamos: sempre consulte um nutricionista para avaliar o seu caso!
Glúten
A exclusão do glúten é uma das ações que vem demonstrado bons resultados para o tratamento de algumas doenças autoimunes, já que ele possui algumas propriedades inflamatórias que podem atacar o organismo.
Normalmente, o glúten é encontrado em derivados do trigo, cevada, centeio ou aveia. A reação inflamatória é originada da gliadina, um alérgeno alimentar, que desencadeia reações imunomediadas e que também pode agravar ou contribuir com o aparecimento das doenças autoimunes.
Leite
Assim como o glúten, o leite, mais especificamente a caseína (proteína do leite), também ocasiona processos inflamatórios no corpo. Isso pode ser visto em indivíduos com intolerância a lactose, que são incapazes de produzir a enzima lactase para a quebra da proteína.
Com isso, há uma sensibilização do trato intestinal, causado pelo excesso de lactose não metabolizada, algo que pode contribuir para aumentar os sintomas das doenças autoimunes.
Quais alimentos fazem bem para os portadores de doenças autoimunes?
Da mesma forma que há alguns alimentos que podem prejudicar os portadores de doenças autoimunes, a nutrição também conta com os ajudantes, isto é, alimentos que fazem bem aos pacientes e geralmente são recomendados na dieta.
Entre eles, destaca-se a Vitamina D. Ela é um dos elementos-chave quando se trata de saúde, além de ajudar na fixação do cálcio nos ossos.
Porém, a maior parte da Vitamina D que obtemos não vem da alimentação, mas sim da exposição solar. Claro que a dieta e a suplementação podem contribuir, por isso, é fundamental que os portadores de doenças autoimunes façam exames periódicos, para avaliar os níveis de Vitamina D.
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