O mieloma múltiplo é um tipo de câncer hematológico raro, encontrado nas células plasmáticas (plasmócitos) produzidos na medula óssea. São esses plasmócitos os responsáveis pela produção das imunoglobulinas, que são os anticorpos presentes no sistema de defesa que ajudam a proteger o organismo de inúmeras infecções como: vírus, bactérias ou fungos.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o mieloma é uma alteração de células do sistema imune, causadores de uma disfunção na resposta imunológica, que faz com que sejam produzidos anticorpos defeituosos, ou seja, sem atividade.
No caso dos portadores do mieloma múltiplo, os plasmócitos são anormais e essa aglomeração de células defeituosas acabam atrapalhando o bom funcionamento das células saudáveis.
É importante destacar que esse crescimento desordenado das células do mieloma, conseguem afetar a medula óssea, gerando alguns problemas como:
aumento do volume do plasma;
aumento da viscosidade do sangue;
lesões líticas (nos ossos);
insuficiência renal e;
mau desempenho do sistema imunológico.
Por isso, o ideal é estar de olho nos sintomas da doença além de fazer exames de rotina para um diagnóstico precoce.
Continue lendo o artigo para descobrir quais os sintomas do mieloma múltiplo e quais as melhores formas de tratamento para a doença.
Como o Mieloma Múltiplo se manifesta?
Ainda não se sabe exatamente porque o mieloma múltiplo ocorre, contudo, sabe-se que essa doença é muito frequente em idosos.
De acordo com o Ministério da Saúde, mais de 90% dos casos ao redor do mundo ocorrem após os 50 anos, com uma idade média de 70 anos, no entanto, no Brasil, a ocorrência da doença ocorre mais cedo, aos 60 anos.
É muito importante estar atento aos possíveis sintomas do mieloma múltiplo, afinal, em sua fase inicial a doença poder ser assintomática, ou seja, não apresentará sintomas. Geralmente, quando o mieloma dá algum sinal, a doença pode estar em uma fase crítica, além disso, os sintomas da doença não são iguais para todos, podendo variar de pessoa para pessoa.
Os sintomas do mieloma múltiplo mais frequentes são:
problemas ósseos (dores ósseas);
baixa taxa sanguínea;
nível aumentado de cálcio no sangue;
danos nos nervos;
anemia;
insuficiência renal;
infecções;
perda de apetite e peso;
sede excessiva.
A queixa mais comum entre os portadores do mieloma múltiplo é a dor óssea, que também está relacionada à dor do nervo, conhecida como dor neuropática. Essa dor nem sempre passa com determinados medicamentos usados em outras formas de câncer. Às vezes, o tratamento para a dor neuropática exigirá os cuidados de um especialista em distúrbios complexos da dor e em abordagens medicamentosas mais eficazes.
Para aqueles pacientes que não apresentam nenhum desses sintomas, a melhor forma de conseguir um diagnóstico preciso da doença é realizando exames de rotina como o hemograma. O conhecido exame de sangue entregará resultados onde será possível observar se há alguma alteração das células, indicando a presença de um mieloma.
Para confirmar o diagnóstico do mieloma múltiplo, o médico pode solicitar uma biópsia da medula óssea, dessa forma sendo possível avaliar seu funcionamento, além das características das células produzidas, concluindo assim, o diagnóstico.
Fatores de risco do Mieloma Múltiplo
Antes de mais nada, precisamos entender o que é um fator de risco. Conforme o Instituto Nacional de câncer (INCA), tudo aquilo que afeta a chance de adquirir uma doença como o câncer é chamado de fator de risco para a doença. Existem muitos tipos de câncer e cada um deles apresentará diferentes fatores de risco.
Alguns desses fatores podem ser modificados, contudo, outros como idade e histórico familiar, não podem. Entenda que ter um ou vários fatores de risco, não significa que você vai ter a doença, mas tornam as chances de desenvolvê-las um pouco maiores.
Esses são alguns dos fatores de risco do mieloma múltiplo:
idade;
gênero;
raça;
histórico familiar;
obesidade;
doenças de células plasmáticas.
Mesmo que os fatores de risco possam influenciar no desenvolvimento do câncer, é importante destacar que a maioria não causa a doença em si. Pode acontecer de uma pessoa com vários fatores de risco não desenvolva um câncer, enquanto alguém que não possua nenhum dos fatores citados, desenvolva a doença.
De qualquer forma, se você se encaixa nos fatores de risco o ideal é ficar atento aos possíveis sinais da doença e fazer exames de rotina com um médico especialista para aumentar as chances de sucesso do tratamento.
Prevenção e tratamento
Infelizmente, o mieloma múltiplo não tem cura e nem formas de prevenção, contudo, existem tratamentos eficazes e que estão evoluindo a cada ano que passa.
O objetivo principal do tratamento é aliviar os sintomas, evitar complicações, além de retardar a progressão da doença, fazendo com que o paciente consiga desfrutar de uma boa qualidade de vida.
Após o diagnóstico da doença pela hematologia clínica, o tratamento para mieloma múltiplo irá ocorrer em conjunto da quimioterapia e radioterapia. É importante destacar que a abordagem terapêutica ideal dependerá do câncer que precisa ser tratado, do estágio da doença e das particularidades de cada paciente.
O transplante de medula óssea, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), também pode ser uma opção de tratamento. Por isso, o ideal é procurar por um atendimento personalizado com um médico para diagnóstico específico da doença, pois apenas ele saberá indicar o tratamento ideal para seu caso.
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