Linfoma é um tipo de câncer que atinge o sistema linfático, responsável por regular a função de imunidade do organismo.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o sistema linfático é composto por tecidos e órgãos, chamados linfonodos ou gânglios linfáticos. É ele quem produz as células e anticorpos, responsáveis por regular a imunidade e fazer o trânsito dessas células pelo corpo humano.
Leia o artigo para entender como se dá a formação do linfoma e de que maneira é possível tratar e prevenir esse tipo de câncer.
Linfoma de Hodgkin e linfoma não Hodgkin
Como vimos, o linfoma é um tipo de câncer que acomete o sistema linfático. No entanto, é possível que ele se manifeste de duas formas diferentes: o linfoma de Hodgkin e o linfoma não Hodgkin.
De acordo com o Ministério da Saúde, ambos os tipos possuem comportamentos, sinais e graus de agressividade bastante diferentes, e sua principal diferença é encontrada nas células doentes.
Vamos entender melhor como esses tipos de linfomas se diferenciam?
Linfoma de Hodgkin
O linfoma de Hodgkin surge quando um linfócito, célula de defesa do organismo, passa a ter um caráter maligno e então, se multiplica de forma desordenada e descontrolada.
A partir daí, essa reprodução celular passa a produzir células idênticas aos linfonodos e a longo prazo, essa manifestação pode migrar para tecidos próximos ou mesmo atingir outros órgãos.
Geralmente, esse tipo de linfoma se origina na região do tórax ou do pescoço, embora possa surgir em qualquer parte do corpo. Na maioria das vezes, o linfoma de Hodgkin começa por meio de ínguas, que se caracterizam pelo inchaço dos linfonodos. Juntamente a isso, podem surgir dor torácica, tosse e falta de ar.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o linfoma de Hodgkin acontece com maior frequência no sexo masculino, embora ambos os sexos e faixas etárias possam ser acometidos. A Sociedade Brasileira de Cancerologia (SBC) também indica que, em relação à idade, esse tipo de câncer se apresenta principalmente na terceira ou na quinta década de vida.
Além disso, pessoas que apresentam o sistema imune comprometido possuem maiores chances de desenvolver o linfoma, como portadores do vírus HIV e pacientes que usam medicações imunossupressoras.
A principal diferença entre o linfoma de Hodgkin e o linfoma não Hodgkin é a caracterização das células malignas, que só pode ser constatada após a análise da biópsia.
Desse modo, enquanto as células do linfoma de Hodgkin se diferenciam muito das células originais dos tecidos linfoides, as células cancerígenas do linfoma não Hodgkin ainda preservam algumas características iniciais.
Linfoma não Hodgkin
Na região acometida, o linfoma não Hodgkin aumenta os gânglios linfáticos, que na maioria das vezes costumam ser indolores. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), esse tipo de linfoma surge nas células do sistema linfático, espalhado-se de maneira não ordenada.
Além disso, a partir da região onde se inicia o linfoma, uma série de outros sintomas podem surgir, já que existem mais de 20 tipos de linfomas não Hodgkin. Assim sendo, de maneira geral, podemos citar como sintomas do linfoma não Hodgkin, os seguintes:
fadiga;
falta de ar;
tosse;
pressão ou dor torácica;
infecções graves;
hematomas e hemorragias;
calafrios;
abdômen inchado;
falta de apetite;
coceira e vermelhidão na pele.
Outros sintomas, mais incomuns, também podem ser identificados. Como, por exemplo, a sudorese noturna, febre e emagrecimento sem motivo aparente.
E como os linfomas são tratados?
Tratamento para linfomas
Na grande parte das vezes, os linfomas são tratados com quimioterapia, radioterapia ou associação de imunoterapia e quimioterapia. Contudo, é importante lembrar que isso dependerá especificamente do tipo do linfoma e do grau de estágio da doença.
Quando descoberto precocemente, o tratamento apresenta melhores resultados. Por isso é tão importante visitar um médico com frequência e fazer as investigações necessárias, mediante as queixas dos sintomas clínicos ou à regularidade dos exames de rastreamento.
O check-up é um dos fatores determinantes quando falamos em diagnóstico precoce. Os exames de rastreamento podem detectar o câncer em fase inicial, aumentando as chances de cura.
O Instituto Nacional de Câncer (INCA), destaca a importância de conscientizar a população acerca desse distúrbio. Afinal, os linfomas podem se desenvolver tanto lentamente como de forma agressiva e, dependente do caso, com crescimento rápido.
Algumas das recomendações que o Ministério da Saúde dá sobre os linfomas são:
evitar exposição prolongada a produtos químicos;
fazer o autoexame, conhecer seu próprio corpo é muito importante;
na presença de qualquer sintoma, procure um médico.
Além disso, pacientes com vírus HPV e HTLV devem estar ainda mais atentos aos sintomas da doença.
Não existe uma única forma de prevenir a doença. Contudo, o Instituto Nacional de câncer (INCA) informa que, como qualquer outro tipo de câncer, manter uma alimentação saudável, rica em verduras e frutas, pode ser de grande ajuda para se proteger contra a doença.
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