De acordo com as estimativas do INCA, são esperados 17.010 casos novos de câncer de colo de útero em 2023 no Brasil, com um risco estimado de 13 casos a cada 100 mil mulheres, ocupando a terceira posição no ranking nacional.
A principal causa do câncer do colo do útero é a infecção pelo papilomavírus humano (HPV), transmitido principalmente pelo contato sexual. Desse modo, esse tipo de câncer pode ser prevenido com uso de preservativo e com vacina contra o HPV, que está disponível na rede básica de saúde para meninos e meninas dos 9 aos 14 anos.
Adolescentes acima de 15 anos, mesmo que previamente expostos ao vírus, podem ser vacinados em clínicas privadas de vacinação. Em adultos, a vacinação fica a critério médico. Para pessoas com HIV ou com diagnóstico de câncer, a vacina é recomendada dos 9 aos 45 anos.
Além do HPV, a infecção por HIV e tabagismo também aumentam a chance de desenvolver o câncer. Exame preventivo de rotina, como o papanicolau, consegue identificar alterações na fase pré-câncer.
O câncer do colo do útero é uma doença que pode ser diagnosticada em seus estágios iniciais e quando isso ocorre as chances de cura são maiores. É fundamental manter as consultas de rotina com ginecologista, porque o câncer de colo de útero nas fases iniciais não apresenta sintomas.
Já nas fases mais avançadas pode ocorrer a presença de secreção, sangramento fora do período menstrual, sangramento ou dor durante ou após a relação sexual ou exame ginecológico.
Para escolha do melhor tratamento, todas as informações e desejos da paciente são considerados, sendo definido em conjunto por cirurgião, oncologista clínico e radioterapeuta.
Com frequência há o envolvimento de várias equipes, como fisioterapia, nutrição, psicologia, cuidados paliativos, entre outras. Antes do início do tratamento, é importante conversar sobre o intuito do mesmo, expectativas de resultados e possíveis efeitos colaterais esperados.
Dr. Tadeu Paiva
Oncologia Clínica
CRM/SC 21610 - RQE 12518
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