Coloque-se no lugar de uma mulher de 50 anos que, seguindo a recomendação, fez uma mamografia somente como forma de diagnóstico precoce e, ao voltar ao consultório do ginecologista ou do mastologista para mostrar o resultado, descobre que há uma suspeita de câncer de mama, que é confirmada no acompanhamento realizado posteriormente com o oncologista. Como você se sentiria nessa situação?
Em 2016, aproximadamente 57.960 mulheres brasileiras saberão como é essa sensação. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), esse, possivelmente, será o número de casos diagnosticados da doença este ano.
O câncer de mama é o tipo que possui a maior incidência e a maior mortalidade entre a população feminina em todo o mundo. Representa, aproximadamente, 25% de todos os tipos de câncer diagnosticados nas mulheres e é responsável por 15% das mortes causadas por neoplasia.
As mulheres mais propensas a desenvolver a doença são as que possuem 50 anos ou mais, alta densidade de tecido mamário e têm casos de câncer de mama na família. O consumo de álcool, o excesso de peso, o sedentarismo e a exposição à radiação ionizante também são considerados agentes potenciais para o desenvolvimento desse tipo de tumor.
Diferentes tipos de câncer de mama
Ao todo, há mais de 20 subtipos diferentes da doença, de acordo com a Classificação para Tumores de Mama editada pela Organização Mundial da Saúde em 2012. Os tumores mais agressivos são os que apresentam uma alta taxa de presença da mutação dos genes BRCA1 e BRCA2.
O mais comum é o carcinoma ductal invasivo. Em ordem de incidência, o segundo na liderança dos diagnósticos é o carcinoma lobular invasivo. Ambos podem levar à disseminação do tumor pelo corpo, ou seja, a metástases.
Existem ainda outros subtipos de carcinomas que podem ser diagnosticados, como o tubular, o mucinoso, o medular, o micropapilar e o papilar. Quase todos podem ter sua chance de ocorrer reduzida pela prática de alguma atividade física, alimentação saudável e manutenção do peso corporal. Esses cuidados diminuem em aproximadamente 30% o risco de uma mulher desenvolver câncer de mama. Mulheres que amamentam também tem menor chance de ter a doença.
Os únicos fatores de risco do câncer de mama que não podem ser controlados são a idade e a predisposição genética. Isso não quer dizer, necessariamente, que a mulher na faixa etária considerada arriscada ou que detenha casos na família desenvolverá a doença, nem que uma mulher jovem não possa tê-la. Significa, apenas, que todas precisam estar atentas e se cuidar. Assim, esse alerta vale para todas as mulheres!
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