O câncer de colo de útero é considerado o terceiro tumor maligno mais frequente na população feminina e corresponde à quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA).
Também conhecido como câncer cervical, o câncer de colo de útero é causado por infecções persistentes de determinados tipos do Papilomavírus Humano (HPV).
Por isso, é muito importante fazer a prevenção da doença, pois quando o vírus é identificado com antecedência, as chances de êxito do tratamento também aumentam consideravelmente.
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Leia o artigo e descubra a melhor forma de tratar e prevenir o câncer de colo de útero:
Câncer de colo de útero: quais os sinais da doença?
O câncer de colo de útero corresponde a uma lesão invasiva intrauterina, que pode se manifestar de diversas formas. Na maioria das vezes trata-se de uma doença de evolução demorada, pois é possível que leve muitos anos para o seu desenvolvimento.
Por ser uma doença considerada de desenvolvimento lento, esse tipo de câncer pode não apresentar sintomas em sua fase inicial. No entanto, em estágios mais avançados, o problema pode se manifestar por meio de:
sangramento vaginal intermitente antes ou depois das relações sexuais;
secreção vaginal anormal;
dor abdominal associada a queixas intestinais ou urinárias;
verrugas na mucosa na região vulvar e anal.
De qualquer forma, antes mesmo que surjam os sintomas, é fundamental que a mulher esteja atenta à sua saúde e faça um acompanhamento para a detecção precoce da doença.
Segundo o INCA, quando diagnosticado no estágio inicial, as chances de cura do câncer de colo de útero são próximas a 100%.
Prevenção do câncer de colo de útero: exame preventivo
A prevenção inicia ainda na infância com a vacinação contra o HPV. Está incluso no Calendário Nacional de Vacinação a vacinação das meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos contra o papilomavírus humano (HPV), principal causador do câncer de colo de útero.
Para detectar precocemente esse tipo de câncer, o ideal é fazer diversos exames em mulheres que apresentam sintomas, como as que também são assintomáticas.
O primeiro exame solicitado é o exame preventivo, também chamado de ‘Papanicolau’. Esse teste é responsável por identificar lesões precursoras do problema. É um exame simples, rápido e indolor.
Para os melhores resultados, o ideal é a que a mulher evite relações sexuais, mesmo com camisinha, um dia anterior ao exame, além de medicamentos vaginais, uso de duchas e anticoncepcionais nas 48 horas que antecedem o exame. Outra indicação importante visa certificar que a mulher não esteja menstruada para que não hajam alterações.
Quem deve fazer o exame preventivo?
O exame está indicado para toda mulher que está ou já esteve em vida sexual ativa, entre 25 e 64 anos. O ideal é realizá-lo a cada três anos, embora existam casos em que a indicação seja passar pelo exame anualmente.
É importante considerar que até mesmo as gestantes podem realizar o exame preventivo, sem causar nenhum dano à mãe e ao bebê.
O que os resultados indicam?
É importante orientar que, dependendo de cada resultado, será necessário agir sob uma conduta. Ou seja, se o exame der negativo para o câncer, a paciente deve repeti-lo no próximo ano.
No entanto, se for identificada uma lesão de baixo grau ou uma infecção pelo HPV, o teste deve ser feito após seis meses. Caso a lesão seja de alto grau, outros exames serão indicados.
Outros exames importantes
Além do exame preventivo, outros exames podem ser indicados, principalmente quando há suspeitas da doença. Confira quais são:
exame ginecológico: análise do colo do útero, útero, ovário e reto por meio da avaliação com espéculo, papanicolau e toque retal e vaginal;
colposcopia: visualização da vagina e colo de útero por meio de um aparelho que identifica lesões anormais na região;
biópsia: indicado quando há identificação de células anormais no exame preventivo, é necessário retirar uma pequena amostra de tecido para análise microscópica.
Vale ressaltar que é indispensável fazer toda uma avaliação do histórico clínico da paciente, já que ajudam na solicitação dos exames mencionados.
Como tratar o câncer de colo de útero?
O tratamento sugerido para tratar esse tipo de câncer é cirurgia oncológica, quimioterapia e radioterapia, dependendo da orientação do seu médico. Caso haja uma lesão, a paciente ainda pode ser tratada por eletrocirurgia.
É importante lembrar que a escolha do tratamento depende diretamente do estágio de evolução da doença, além do tamanho do tumor e outras questões específicas da paciente.
Além disso, o médico deve considerar se a mulher ainda deseja ter filhos, no momento de optar pelo tratamento. De qualquer forma, converse com o seu médico para saber a melhor indicação para o seu caso.
Certifique-se de escolher uma clínica de confiança e um oncologista responsável para tratar o câncer da melhor forma possível.
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