Se o estômago é o órgão responsável pela digestão dos alimentos que nós consumimos, será que é possível a retirada do estômago para o tratamento do câncer de estômago?
O câncer de estômago, ou câncer gástrico é, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o terceiro tipo mais frequente entre homens e o quinto entre as mulheres. Portanto, quando uma pessoa tem esse tipo de câncer, a retirada do órgão pode ser sim uma opção de tratamento, mesmo que, muitas das vezes, as chances de recidiva do câncer sejam grandes.
No entanto, sendo a retirada do estômago uma opção, é possível viver bem sem esse órgão?
A resposta é: sim, pode! A pessoa que fez a retirada do estômago pode viver uma vida normal sem o órgão. Contudo, as responsabilidades e cuidados são ainda maiores, visto os nutrientes deixam de ser bem absorvidos pelo organismo. É importante destacar que a quantidade de comida durante as refeições também sofrem alterações.
Depois retirada do estômago, a reeducação alimentar com acompanhamento médico e nutricional é de extrema importância. Tenha em mente que o hábito alimentar precisa mudar para que uma vida normal sem estômago seja possível.
Mas, como acontece a retirada do estômago? O nome do procedimento conhecido por essa prática é gastrectomia.
O que é a gastrectomia ou retirada do estômago?
A gastrectomia é um procedimento cirúrgico que consiste na remoção total ou parcial do estômago. Esse procedimento é muito indicado como tratamento para várias doenças, sendo o câncer de estômago uma delas.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a cirurgia do estômago só é o tratamento principal quando a doença está localizada. Ou seja, quando ele está limitado ao órgão e aos gânglios linfáticos à sua volta. O INCA ainda alerta que a decisão da retirada parcial ou total do estômago irá depender de fatores como: localização específica do tumor, extensão da lesão e subtipo de câncer.
A realização de exames prévios à cirurgia também é de extrema importância para saber como está o funcionamento do organismo, além de exames de sangue e histórico de saúde.
O especialista precisa avaliar todos os resultados para saber se recorrer a gastrectomia será a melhor abordagem para tratar o câncer. Além disso, os resultados dos exames são mais que suficientes para que o paciente vá para a cirurgia sem nenhum outro risco.
O tipo de cirurgia a ser realizado em um paciente com câncer de estômago vai variar conforme o comprometimento dos tecidos adjacentes, já que a gastrectomia é dividida em dois tipos. São eles:
Gastrectomia subtotal
É constantemente utilizada quando o câncer se encontra na parte inferior do estômago. Porém, dependendo das circunstâncias, haverão situações em que a cirurgia pode ser feita em cânceres encontrados na parte superior.
É na gastrectomia subtotal que ocorre a remoção de apenas de parte do estômago, para que a outra parte seja então religada. Nesse caso, todos os cuidados como a alimentação moderada acabam sendo facilitados, uma vez que apenas uma parte do estômago é removida ao invés de todo o órgão.
Gastrectomia total
Esse método só é realizado quando o câncer já tomou todo o estômago, podendo também ser indicada em casos onde a doença atinge a parte superior do estômago, próximo do esôfago.
A gastrectomia total é mais severa, pois além da remoção de todo o estômago, os linfonodos que estão próximos também são removidos. A remoção pode incluir, ainda, a remoção do baço e partes do esôfago, intestino, pâncreas e outros órgãos próximos.
Então, os pacientes que fizeram a gastrectomia total devem ter cuidado redobrado, sobretudo na alimentação, uma vez que só podem ingerir pouca quantidade de comida, e, em consequência, devem se alimentar muitas vezes ao dia. Por esse motivo, ter um acompanhamento multidisciplinar, com um nutricionista na equipe, é indispensável para o bom funcionamento do organismo após a cirurgia.
Tenha em mente que qualquer cirurgia é um procedimento delicado, com riscos de complicações como lesões á órgãos próximos, coágulos e sangramentos durante o processo. Portanto, no caso da gastrectomia não é diferente.
Os efeitos colaterais da cirurgia existem e são bastante comuns. Sintomas como náuseas, dor abdominal, azia e até mesmo diarreia podem acontecer e você não precisa se preocupar. São apenas consequência das mudanças no organismo.
Então, antes de mais nada, converse com seu médico sobre todas as opções de tratamentos, principalmente se o seu caso exige a retirada do estômago. Até porque, se não por possível a retirada do tumor (como em casos de metástases), o ideal será um tratamento paliativo. Muitos cirurgiões visam manter o máximo possível do estômago. Afinal, quanto menos do estômago é retirado, melhor será a alimentação do paciente.
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